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É seguro voar de balão? Tragédia em SC levanta alerta sobre os riscos do balonismo

  • Wesley Perez
  • 21 de jun.
  • 2 min de leitura

O acidente que matou oito pessoas em Praia Grande trouxe à tona questionamentos sobre a segurança no balonismo e os reais riscos dessa atividade turística.


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Depois da tragédia com o balão em Praia Grande, no Sul de Santa Catarina, muitas pessoas começaram a questionar: afinal, voar de balão é seguro? A resposta não é tão simples, mas dá pra entender melhor olhando alguns dados e como funciona a segurança nesse tipo de passeio.


O balonismo é considerado uma atividade de turismo de aventura. Isso significa que, mesmo sendo regulamentado e com pilotos experientes, envolve riscos naturais. Diferente de um avião ou helicóptero, o balão não tem motor, não tem cinto de segurança e depende totalmente das condições climáticas e da habilidade do piloto. Não existe controle de direção como em outras aeronaves. O balão sobe e desce, mas é o vento que determina o trajeto.


De forma geral, os voos de balão são seguros quando realizados por empresas autorizadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), com manutenção em dia e pilotos treinados. O número de acidentes ao longo dos anos é relativamente baixo, principalmente se comparado ao volume de voos que acontecem em locais turísticos como Capadócia, na Turquia, ou mesmo em regiões do Brasil, como São Paulo e Santa Catarina.


Mas quando a gente compara o balonismo com a aviação comercial, a diferença é grande. Enquanto os aviões fazem milhões de voos por ano no mundo todo, com uma taxa de acidente fatal de cerca de 1 a cada 3 milhões de voos, o balão tem uma taxa de risco maior proporcionalmente. Dados de países que registram estatísticas mais detalhadas, como Estados Unidos e Reino Unido, indicam que ocorre cerca de 1 acidente grave a cada 10 a 15 mil voos de balão. Ou seja, proporcionalmente, voar de avião é muito mais seguro.


Isso não quer dizer que voar de balão seja extremamente perigoso, mas sim que ele tem uma margem de risco maior, justamente pelas características da aeronave: voo aberto, dependência total de condições climáticas e ausência de sistemas de emergência mais robustos.


Entre as principais causas de acidentes com balão estão mudanças repentinas no vento, falhas mecânicas, problemas com o maçarico ou até erro humano. No caso da tragédia em Praia Grande, as primeiras informações apontam que o fogo começou ainda durante o voo, o que fez o piloto orientar os passageiros a saltarem, numa tentativa de evitar uma tragédia ainda maior.


Para quem pensa em fazer um passeio de balão, a recomendação é procurar empresas sérias, autorizadas pela ANAC, com histórico de segurança e sempre ficar atento às condições do tempo. Perguntar sobre a experiência do piloto e as manutenções feitas também é uma atitude importante.


No fim das contas, voar de balão é uma experiência incrível, que proporciona vistas únicas e momentos inesquecíveis. Mas, como toda atividade de turismo de aventura, vem acompanhada de riscos que precisam ser considerados. A tragédia em Santa Catarina serve de alerta para reforçar a importância de segurança e fiscalização nesse tipo de passeio.


O Bora BC segue acompanhando o caso e trará novas informações assim que possível.


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