Silêncio no palanque: Lula fora do 1º de Maio gera incômodo
- souwesleyperez
- 1 de mai.
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Ausência no Dia do Trabalhador é atribuída ao temor de novo ato esvaziado, como o ocorrido em 2024, mas gera críticas sobre distanciamento das pautas trabalhistas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva optou por não participar presencialmente dos atos do 1º de Maio neste ano, uma decisão que gerou debate tanto entre apoiadores quanto entre críticos. Embora tenha gravado um pronunciamento em rede nacional na véspera, a ausência física em uma data de forte simbolismo para a classe trabalhadora chamou atenção.
A justificativa não foi oficialmente divulgada, mas nos bastidores comenta-se que Lula buscou evitar o desgaste de enfrentar um novo evento esvaziado, como ocorreu em 2024. Naquele ano, o ato com sua presença teve público abaixo do esperado, gerando críticas e certo constrangimento político.
Neste ano, o governo foi representado por ministros e articuladores, que participaram dos atos em São Paulo e ouviram as reivindicações das centrais sindicais. Apesar disso, a ausência do presidente gerou incômodo, especialmente entre lideranças do movimento sindical, que esperavam uma presença mais simbólica e direta do chefe do Executivo.
De um lado, entende-se que evitar novo vexame público pode ser uma decisão estratégica. Por outro, é inegável que o gesto enfraquece o laço entre governo e base trabalhadora, justamente em um momento de tensão envolvendo temas como INSS, jornada de trabalho e informalidade crescente.
A dúvida que fica é: até que ponto a imagem política deve se sobrepor ao simbolismo da presença? Em tempos de desconfiança e crise de representatividade, talvez o mais importante não fosse o tamanho do público, mas sim a firmeza da mensagem. E isso, neste 1º de Maio, acabou ficando em segundo plano.
